quinta-feira, 2 de maio de 2013


Primeira leitura
Dos Atos dos Apóstolos             5,12 12

Os Apóstolos na Igreja nascente
        Naqueles dias: 12Muitos sinais e maravilhas eram eram realizados entre o povo pelas mãos dos apóstolos. Todos os fiéis se reuniam, com muita união, no Pórtico de Salomão. 13Nenhum dos outros ousava juntar-se a eles, mas o povo estimava-os muito.14Crescia sempre mais o número dos que aderiam ao Senhor pela fé; era uma multidão de homens e mulheres. 15 Chegavam a transportar para as praças os doentes em camas e macas, a fim de que, quando Pedro passasse pelo menos a sua sombra tocasse alguns deles. 16 A multidão vinha até das cidades vizinhas de Jerusalém, trazendo doentes e pessoas atormentadas por maus espíritos. E todos eram curados.
        17 Levantaram-se o sumo-sacerdote e todos os do seu partido - isto é, o partido dos saduceus - cheios de raiva 18 e mandaram prender os apóstolos e lançá-los na cadeia públi­ca. 19 Porém, durante a noite, o anjo do Senhor abriu as portas prisão e os fez sair, dizendo: 20 "Ide falar ao povo, no Templo, sobre tudo o que se refere a este modo de viver". 21Eles obedeceram e, ao amanhecer, entraram no Templo e começaram a ensinar.
        O sumo-sacerdote chegou com os seus partidários e invocou o Sinédrio e o Conselho formado pelas pessoas importantes do povo de Israel. Então mandaram buscar os apóstolos à prisão. 22Mas, ao chegarem à prisão, os servos não os encontraram e voltaram dizendo: 23 "Encontramos a prisão fechada, com toda segurança, e os guardas estavam a postos na frente da porta. Mas, quando abrimos a porta, não encontramos ninguém lá dentro." 24Ao ouvirem essa notícia, o chefe da guarda do Templo e os sumos-sacerdotes não sabiam o que pensar e perguntavam-se o que poderia ter acontecido. 25 Chegou alguém que lhes disse: "Os homens que vós colocastes na prisão estão no Templo ensinando o povo!"
        26Então o chefe da guarda do Templo saiu com os guardas e trouxe os apóstolos, mas sem violência, porque eles tinham medo que o povo os atacasse com pedras. 27 Eles levaram os apóstolos e os apresentaram ao Sinédrio. O sumo-sacerdote começou a interrogá-los, 28 dizendo: "Nós tínhamos proibido expressamente que vós ensinásseis em nome de Jesus. Apesar disso, enchestes a cidade de Jerusalém com a vossa doutrina. E ainda nos quereis tornar res­ponsáveis pela morte desse homem!"  29Então Pedro e os outros apóstolos responderam: "É preciso obedecer a Deus, antes que aos homens.30 O Deus de nossos pais ressuscitou Jesus, a quem vós matastes, pregando-o numa cruz. 31 Deus, por seu poder, o exaltou, tornando-o Guia Supremo e Salvador, para dar ao povo de Israel a conversão e o perdão dos seus pecados.32 E disso somos testemunhas, nós e o Espírito Santo, que Deus concedeu àqueles que lhe obedecem".

Responsório Cf. At 4,33.31 Cl
R. Com grande coragem, os Apóstolos
testemunhavam a ressurreição
de Nosso Senhor Jesus Cristo.
* E tinham grande aceitação entre o povo. Aleluia.
V. Repletos do Espírito Santo, confiantes, sem nada temer
anunciavam a Palavra de Deus. * E tinham.

Segunda leitura
Do Tratado sobre a prescrição dos hereges, de Tertuliano, presbítero
(Cap.20,1-9;21,3;22,8-10:CCL1,201-204)             (Séc. III)

A pregação apostólica
        Cristo Jesus, nosso Senhor, durante a sua vida terena, ensinou quem era ele, quem tinha sido desde sempre, qual era a vontade do Pai que vinha cumprir e qual devia ser o comportamento do homem. Ensinava estas coisas ora em público, diante de todo o povo, ora em particular, aos seus discípulos. Dentre estes escolheu doze para estarem a seu lado, e que destinou para serem os principais mestres das nações.
        Quando, depois da sua ressurreição, estava prestes a voltar para o Pai, ordenou aos onze – pois um deles se havia perdido – que fossem ensinar a todos os povos, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.
        Imediatamente os apóstolos (palavra que significa “enviados”) chamaram por sorteio a Matias como duodécimo para ocupar o lugar de Judas, segundo a profecia contida num salmo de Davi. Depois de receberem a força do Espírito Santo com o dom de falar e de realizar milagres, começaram a dar testemunho da fé em Jesus Cristo na Judéia, onde fundaram Igrejas; partiram em seguida por todo o mundo, proclamando a mesma doutrina e a mesma fé entre os povos. Em cada cidade por onde passaram fundaram Igrejas, nas quais outras Igrejas que se fundaram e continuam a ser fundadas foram buscar mudas de fé e sementes de doutrina. Por esta razão, são também consideradas apostólicas, porque descendem das Igrejas dos apóstolos.
        Toda família deve ser necessariamente considerada segundo sua origem. Por isso, apesar de serem tão numerosas e tão importantes, estas Igrejas não formam senão uma só Igreja: a primeira, que foi fundada pelos apóstolos e que é origem de todas as outras. Assim, todas elas são primeiras e apostólicas, porque todas formam uma só. A comunhão na paz, a mesma linguagem da fraternidade e os laços de hospitalidade manifestam a sua unidade. Estes direitos só têm uma razão de ser: a unidade da mesma tradição sacramental.
        Se quisermos saber o conteúdo da pregação dos apóstolos, e, portanto, aquilo que Jesus Cristo lhes revelou, é preciso recorrer a estas mesmas Igrejas fundadas pelos próprios apóstolos e às quais pregaram quer de viva voz,quer por seus escritos.
        O Senhor realmente havia dito em certa ocasião: Tenho ainda muitas coisas a dizer-vos, mas não sois capazes de as compreender agora; e acrescentou: quando, porém, vier o Espírito da Verdade, ele vos conduzirá à plena verdade (Jo 16,12-13). Com estas palavras revelou aos apóstolos que nada ficariam ignorando, porque prometeu-lhes o Espírito da Verdade que os levaria ao conhecimento da plena verdade. E, sem dúvida alguma, esta promessa foi cumprida, como provam os Atos dos Apóstolos ao narrarem a descida do Espírito Santo.

Responsório Jo 12,21-22; Rm 9,26 (cf. Os 2,1b)

R. Vieram alguns gregos a Filipe,
fazendo-lhe o seguinte pedido:
Senhor, queremos ver a Jesus.
* Filipe foi dizê-lo a André, e Filipe e André, por sua vez,
o disseram a Jesus, aleluia.
V. E irá acontecer, que no lugar onde foi dito:
Vós não sois o povo meu, mesmo ali serão chamados
de filhos do Deus vivo. Filipe foi dizê-lo.

HINO TE DEUM (A VÓS, Ó DEUS, LOUVAMOS)
A vós, ó Deus, louvamos,
a vós, Senhor, cantamos.
A vós, Eterno Pai,
adora toda a terra.

A vós cantam os anjos,
os céus e seus poderes:
Sois Santo, Santo, Santo,
Senhor, Deus do universo!

Proclamam céus e terra
a vossa imensa glória.
A vós celebra o coro
glorioso dos Apóstolos,

Vos louva dos Profetas
a nobre multidão
e o luminoso exército
dos vossos santos Mártires.

A vós por toda a terra
proclama a Santa Igreja,
ó Pai onipotente,
de imensa majestade,

e adora juntamente
o vosso Filho único,
Deus vivo e verdadeiro,
e ao vosso Santo Espírito.

Ó Cristo, Rei da glória,
do Pai eterno Filho,
nascestes duma Virgem,
a fim de nos salvar.

Sofrendo vós a morte,
da morte triunfastes,
abrindo aos que têm fé
dos céus o reino eterno.

Sentastes à direita
de Deus, do Pai na glória.
Nós cremos que de novo
vireis como juiz.

Portanto, vos pedimos:
salvai os vossos servos,
que vós, Senhor, remistes
com sangue precioso.

Fazei-nos ser contados,
Senhor, vos suplicamos,
em meio a vossos santos
na vossa eterna glória.
(A parte que se segue pode ser omitida, se for oportuno).  
Salvai o vosso povo.
Senhor, abençoai-o.
Regei-nos e guardai-nos
até a vida eterna.

Senhor, em cada dia,
fiéis, vos bendizemos,
louvamos vosso nome
agora e pelos séculos.

Dignai-vos, neste dia,
guardar-nos do pecado.
Senhor, tende piedade
de nós, que a vós clamamos.

Que desça sobre nós,
Senhor, a vossa graça,
porque em vós pusemos
a nossa confiança.

Fazei que eu, para sempre,
não seja envergonhado:
Em vós, Senhor, confio,
sois vós minha esperança!

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